11 de novembro de 2017

Crónica outonal da castanha na brasa

 CASTANHAS ASSADAS  

Quem quer quentes e boas...


No dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho. O magusto este ano foi traído pela falta de qualidade da castanha trazida do híper, imprópria para assar em casa. Assim nem foi preciso trocar a água-pé pela jeropiga, nem o fogareiro a carvão pelo forno da cozinha. A inauguração oficial do outono ficou adiado sine die, neste tempo estival que ameaça prolongar-se até ao Natal.

A castanha é de quem a come e não de quem a apanha. Diz quem sabe. Quentes e boas como as da feira de Santa Iría. Apetitosas e a saber a sal. QB. Casca solta e estaladiça. Cada uma a fazer inveja às restantes. E quem come uma come um cento, ainda que as tenha de repartir por várias etapas. À entrada do Fórum de Faro ou na rua de Santo António acima e abaixo.

A castanha tem três capas de inverno: a primeira mete medo, a segunda é lustrosa e a terceira é amarga. Numa época em que o clima nos troca as voltas, vivamos as memórias da estação. Ouvir os pregões do homem das castanhas. Vê-las a saltar na brasa. Cinzentas e amarelas. Cheirá-las. Levar uma dúzia para casa. Saboreá-las. Matar a fome e chorar por mais.

4 comentários:

  1. Tendemos para viver de recordações/tradições...

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  2. Este ano ainda não fiz, andam meio murchas.

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  3. Teresa Salvado de Sousa16 de novembro de 2017 às 12:24

    Parece que se pode comprar online castanha longal DOP de Trás-os-Montes e castanha martainha DOP de Sernancelhe. Parece que doces e fáceis de descascar.

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  4. Comprei nos venderes de rua ......eram boas ...mas o preço de uma dúzia dava para comprar um quilo.

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