Fernando Botero - Pareja bailando (1987)[Museo Botero del Banco de la República - Bogota - Colômbia] |
UM CARNAVAL
Vem ao baile vem ao baile
Pelo braço ou pelo nariz
Vem ao baile vem ao baile
E vais ver como te ris
Deixa a tristeza roer
As unhas de desespero
Deixa a verdade e o erro
Deixa tudo vem beber
Vem ao baile das palavras
que se beijam desenlaçam
Palavras que ficam passam
Como a chuva nas vidraças
Vem ao baile oh tens de vir
E perder-te nos espelhos
Há outros muito mais velhos
Que ainda sabem sorrir
Vem ao baile da loucura
Vem desfazer-te do corpo
E quando caíres de borco
A tua alma é mais pura
Vem ao baile vem ao baile
Pelo chão ou pelo ar
Vem ao baile baile baile
E vais ver o que é bailar.
Alexandre O´Neill
"Sem a loucura que é o homem
ResponderEliminarMais que a besta sadia
Cadáver adiad que procria?"
Uma questão bastante pertinente nos dias que correm à espera há muito duma resposta adequada e esclarecedora...
ResponderEliminar"Vem ao baile vem ao baile e vais ver como te ris...". Todos deviamos aceitar o convite de O'Neil, não olhando à idade, sexo ou classe social. Bailar é para todos e sorrir é uma necessidade absoluta para nos sentirmos bem.
ResponderEliminarUma homenagem à vida! Gostei destas linhas especialmente: "...Há outros muito mais velhos
ResponderEliminarQue ainda sabem sorrir..."
Gosto do poema e as imagens a condizer. Bailemos, gordinhos/as e anafados/as...
ResponderEliminarBora lá... Nesse ...ambiente Boteriano.... até eu fico bem!!! Boa tarde...
ResponderEliminarUm poema condizente com a época e tal como ela muito divertido, bem como o quadro reproduzido.
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