Edvard Munch, Skrik (1893) |
«En kveld jeg gikk langs en sti, var byen på den ene siden og fjorden nedenfor. Jeg følte meg sliten og syk. Jeg stoppet og så utover fjorden - solen gikk ned, og skyene ble blodrøde. Jeg kjente et skrik som gikk gjennom naturen; det virket for meg som jeg hørte skriket. Jeg malte dette bildet, malte skyene som faktisk blod. Fargen skrek. Dette ble til The Scream.»
O grito gritado no silêncio da tela pintada
Lanço um olhar real aos quatro gritos virtuais exibidos dezenas de páginas públicas da Net. Nenhum deles se arrisca a ser roubado ou leiloado como os originais. Todos os podem olhar no mero ecrã dum PC. Ouvir onde e quando se queira o grito silencioso que só os olhos de quem olha ouve. Grito contido que provoca o vómito, a náusea, a repulsa, o nojo, o enjoo, a agonia que o panorama televisivo, político, religioso, social, educativo, hospitalar hoje nos brinda dia após dia. Vantagem de não se expor num museu aos olhares anónimos dos visitantes, de se ser solidário com o ser solitário pintado no quadro, olhá-lo com os olhos nos olhos e poder gritar a plenos pulmões.
QUATRO GRITOS 1. Museu Munch, 1893; 2. Galeria Nacional, 1893; 3. Coleção particular, 1895; 4. Museu Munch, 1910 |
O que nos vale é a RTP2 com os seus programas culturais, para não termos de vivenciar continuamente um grito de revolta e de rejeição... Ontem à noite, a reportagem sobre Edvard Munch envolveu-nos na angústia existencial da sua vida e obra extraordinária, a que assistimos com admiração, agradecendo especialmente O Grito da vida que nos legou.
ResponderEliminar