Den som inom litteraturen har producerat det utmärktaste i idealisk riktning. |
A Academia Sueca acaba de anunciar o Prémio Nobel da Literatura 2015. Os louros da glória couberam este ano à jornalista bielorrussa Svetlana Aleksievitch, cujo nome ouvi pela primeira vez e ainda não me atrevi a repeti-lo em voz alta. Provavelmente vou ter poucas oportunidades de o fazer. Trata-se duma figura pouco conhecida entre nós e escapa às áreas da ficção que ocupam as minhas práticas de leitura. Parece-me que o perfil da laureada, assente numa «escrita polifónica, monumento ao sofrimento e à coragem na nossa época», estaria mais adequado a um Prémio Pulitzer do que àquele que agora os mass media estão a apregoar à escala global.
Quando frequento alguns dos autores premiados pelos académicos suecos, questiono-me sobre os critérios por si seguidos para erguer aos píncaros da fama uns em detrimento doutros. As estratégias geopolíticas do momento associadas às culturas linguísticas que lhes dão corpo estarão na origem dos resultados obtidos. As estatísticas são fáceis de traçar. Basta consultar os factos coligidos e divulgados pelo The Official Web Site of the Nobel Prize. Fico-me pelas 65 atribuições a obras compostas em inglês (27), francês (14), alemão (13) e espanhol (11), o que corresponde, números redondos, a 58% das 112 candidaturas vencedoras desde 1901.
Os prémios valem o que valem. O instituído por Alfred Nobel não foge à regra. Observando a lista dos novos residentes divinos do Parnaso, admiro-me da minha ignorância olímpica. Desconheço-os a quase todos. A minha biblioteca de livros lidos não coincide, grosso modo, com a dos académicos escandinavos. James Joyce, Marcel Proust e Jorge Luís Borges são apenas alguns dos fundadores da literatura moderna ostracizados pelos iluminados de Estocolmo. Acrescentaria ainda o vulto incontornável de Fernando Pessoa, para demonstrar que a genialidade perene dos criadores se antecipa sempre algumas décadas à efemeridade judicativa dos críticos.
Quando frequento alguns dos autores premiados pelos académicos suecos, questiono-me sobre os critérios por si seguidos para erguer aos píncaros da fama uns em detrimento doutros. As estratégias geopolíticas do momento associadas às culturas linguísticas que lhes dão corpo estarão na origem dos resultados obtidos. As estatísticas são fáceis de traçar. Basta consultar os factos coligidos e divulgados pelo The Official Web Site of the Nobel Prize. Fico-me pelas 65 atribuições a obras compostas em inglês (27), francês (14), alemão (13) e espanhol (11), o que corresponde, números redondos, a 58% das 112 candidaturas vencedoras desde 1901.
Os prémios valem o que valem. O instituído por Alfred Nobel não foge à regra. Observando a lista dos novos residentes divinos do Parnaso, admiro-me da minha ignorância olímpica. Desconheço-os a quase todos. A minha biblioteca de livros lidos não coincide, grosso modo, com a dos académicos escandinavos. James Joyce, Marcel Proust e Jorge Luís Borges são apenas alguns dos fundadores da literatura moderna ostracizados pelos iluminados de Estocolmo. Acrescentaria ainda o vulto incontornável de Fernando Pessoa, para demonstrar que a genialidade perene dos criadores se antecipa sempre algumas décadas à efemeridade judicativa dos críticos.
Pois é Artur, já li a mesma critica acompanhada da sugestão do mesmo prémio (Pulitzer) que a ora laureada deveria ter recebido, comentários vindos precisamente da área profissional de onde provém a Svetlana A.(não me vou esquecer tão cedo do primeiro nome, gosto de pronunciar Svetlana). Mas, é como o Artur refere, vá-se lá compreender os critérios da academia sueca...
ResponderEliminarSão misteriosos os critérios da Academia Sueca.
ResponderEliminarLi, por acaso, O Homem Soviético, único livro que tenho da autora. Interessante e sólido, mas não uma grande obra literária.
Como é possível esquecer Roth e DeLillo ?
Subscrevo a perplexidade, pois também pouco conheço de muitos dos autores galardoados pelo Nobel de Literatura, mesmo tendo uma formação literária pelo simples prazer que a leitura me desperta...
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