AMADEO DE SOUZA-CARDOSO«Cozinha da casa de Manhufe»[Fundação Calouste Gulbenkian - 1913] |
O sapatinho do Menino Jesus & a bota do Pai Natal
A chaminé é por definição o local onde se faz o lume. Espaço privilegiado entre todos os demais. O centro da casa. O lugar onde vive o fogo e onde com ele se convive todo o ano. Instalada na cozinha, simboliza o lar e a família que o acende e lhe dá vida.
A chaminé foi em tempos idos o recanto mais desejado da casa. Sobretudo nos momentos das grandes festividades. A consoada da minha meninice fazia-se à roda da grande mesa da cozinha. Junto ao fogão aceso de onde saíam as filhós acabadinhas de fritar.
A chaminé era nessas ocasiões especiais uma fonte inesgotável de calor e de alegria. O Menino Jesus visitá-la-ia durante essa noite natalícia com os presentes que nos traria. Púnhamos os sapatinhos lá bem no centro e esperávamos que a manhã chegasse cedo.
A chaminé foi agora substituída por um exaustor. O sapatinho de calçar virou bota de pendurar. Os presentes são abertos à meia-noite. Vai-se para a cama de madrugada. Os papéis seguem para o lixo no dia de Natal. E a festa continua até ao Ano Novo e Reis.
A chaminé foi em tempos idos o recanto mais desejado da casa. Sobretudo nos momentos das grandes festividades. A consoada da minha meninice fazia-se à roda da grande mesa da cozinha. Junto ao fogão aceso de onde saíam as filhós acabadinhas de fritar.
A chaminé era nessas ocasiões especiais uma fonte inesgotável de calor e de alegria. O Menino Jesus visitá-la-ia durante essa noite natalícia com os presentes que nos traria. Púnhamos os sapatinhos lá bem no centro e esperávamos que a manhã chegasse cedo.
A chaminé foi agora substituída por um exaustor. O sapatinho de calçar virou bota de pendurar. Os presentes são abertos à meia-noite. Vai-se para a cama de madrugada. Os papéis seguem para o lixo no dia de Natal. E a festa continua até ao Ano Novo e Reis.
Sempre vivi na cidade grande, em apartamento, não havia lareira, sempre deixámos o sapatinho junto à árvore de natal e só de mnanhã abriamos os presentes. Somos 7 filhos...
ResponderEliminarVivi a minha infância numa pequena cidade, onde a lareira não existia devido ao clima, mas as recordações natalícias são-me bem gratas também. Íamos para a cama tarde, depois da ceia, mas as prendas eram colocadas junto à árvore para serem abertas apenas na manhã seguinte. A festa prolongava-se já pelos dias seguintes, até ao dia de Reis... O clima ajudava!
ResponderEliminarA chaminé da minha infância, onde eu deixava o sapato e um pratinho com doces para o Menino Jesus levar. De manhã, o meu Pai levava-nos ao colo, embrulhados num cobertor de papa, e a nossa alegria era enorme. Eu ficava muito contente por ver que os doces não estavam no pratinho....o Menino Jesus tinha-os levado.
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