13 de abril de 2018

A rádio, a televisão, o mundo virtual, a ponta do prego e a saída dum saco...

POSTAL
Ana Hatherly
«O poeta imaginado: ou como ele é imaginado pelos outros»
Londres, Junho Ana 72

[Fundação Calouste Gulbenkian] 
Há dias visionei por acaso uma entrevista conduzida por Ana Sousa Dias a Ana Hatherly. Passou na RTP2 a 8 de março de 2004 integrada no programa «Por outro lado IV» e encontra-se disponível nos arquivos da estação. O Facebook por vezes também nos surpreende pela positiva na capacidade de levar a todos os lados os conteúdos que nos contam histórias exemplares de vida e morte.

Palavra puxa palavra, as ditas e as por dizer, e veio-me à memória um desafio que a Radio Comercial divulgou há tempos nas ondas hertzianas baseado no Global Teacher Prize, no intuito de eleger o melhor professor ou aquele que mais nos teria inspirado. Soube da iniciativa, mais uma vez, através do livro das caras e do blogue da escola preparatória e secundária por onde andei in illo tempore.

Tive algum pudor em destacar um professor entre tantos que fui tendo e ainda tenho. Deixei cair o repto mediático e pulei em frente. As lições da minha mestre nos labirintos barrocos dos sentidos e do sentido deram-me a resposta desejada que aqui revelo, sem a sujeitar a certames virtuais que o poeta dispensa. Até porque a criatividade é como um prego num saco, a ponta acaba sempre por aparecer...

3 comentários:

  1. Já havia lido no JL uma entrevista com quem trouxe para o nosso país o concurso. Os professores portugueses podiam concorrer diretamente, mas, agora torna-se mais fácil e encurta as distãncias. Artur, fiquei com uma dúvida: concorreu?

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  2. Não participei no concurso porque, a meu ver, aos grandes mestres basta o reconhecimento dos discípulos, ainda que manifestado num ambiente discreto.

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  3. Uma postura que muito aplaudo, tanto mais que nos nossos tempos a vulgarização dos concursos rebaixou intenções...
    O meu pai dizia que apenas queria ser uma bom professor, que para isso tinha nascido. E eu reconheço a verdade destas palavras quando encontro antigos alunos que ainda se recordam com amizade dele...

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