TERMAS - CALDAS - PISCINA
Na década 50/60, o Hospital Termal Rainha D. Leonor abria as portas a 15 de maio. Iniciava-se uma nova temporada balnear e celebrava-se o feriado municipal da cidade. Realizava-se então a Festa do Pau Caiado. Se bem me lembro, a banda tocava e plantavam-se umas bandeirolas alusivas com um mastro colorido nas imediações dos edifícios joaninos da Câmara e das Termas. Haveria os discursos pelo meio que se me varreram da memória.
Do que me recordo muito bem é que nas praias estremenhas o verão terminava em meados de agosto. A nortada varria tudo à sua frente menos os nevoeiros que se instalavam com caráter definitivo até se transformarem nas chuvadas de inverno. Tempo de rumar a outras paragens mais abrigadas. Fugir às intempéries sazonais ainda em período de férias escolares. Depois das águas geladas do mar seguiam-se inexoravelmente as águas mornas das caldas.
Cumpri este ritual anos a fio. Nunca tive outra opção. Ali fiz e desfiz amizades entre as inalações matinais e vespertinas. Sobretudo numa das fontes de águas santas chamada piscina. Aí a criançada jogava às cartas, ria-se de tudo e de nada e fazia barquinhos de papel. De seguida, punha-os a navegar ali mesmo naquele oceano de vagas sufúricas, para navegarem à maneira de Serrat, sem nome, sem patrão, sem bandeira e sem leme, aonde a corrente os levasse.
Cumpri este ritual anos a fio. Nunca tive outra opção. Ali fiz e desfiz amizades entre as inalações matinais e vespertinas. Sobretudo numa das fontes de águas santas chamada piscina. Aí a criançada jogava às cartas, ria-se de tudo e de nada e fazia barquinhos de papel. De seguida, punha-os a navegar ali mesmo naquele oceano de vagas sufúricas, para navegarem à maneira de Serrat, sem nome, sem patrão, sem bandeira e sem leme, aonde a corrente os levasse.
Belas recordações, alimentam-nos o presente e asseguram-nos o futuro.
ResponderEliminarFelizes recordações em dia de efeméride!
ResponderEliminarE eu aprendi a fazer barquinhos de papel, navegavam num tanque e algumas vezes afundavam-se, sem marés,sem bandeira, sem leme, mas com a patroa «euzinha» a olhar a «tragédia» do naufrágio.
ResponderEliminar