UM MONTE DE CEREJAS |
Quem quer uma quer um cento
A passagem lenta dos frios invernais para a canícula estival faz-se através do vermelho carnudo, suculento e sensual da cereja. Os chapéus-de-chuva fecham-se e os chapéus-de-sol abrem-se. Os tempos do negócio cedem passo aos tempos do ócio.
E as cerejas são como as palavras, atrás dumas outras vêm. A cesta pintada pela Josefa d'Óbidos torna-se numa taça perfumada de cerejas. Primaveril. A linguagem dos sentidos com todos os sentidos consentidos e a gosto. E a natureza-morta ganha vida.
Juventude, doçura, sensualidade, fertilidade, efemeridade, pureza, inocência, fragilidade, felicidade, amor, esperança e nascimento cabem todos numa mão-cheia de cerejas. Cada fruto um mundo de sabores exóticos a festejar a plenitude do ser e do estar.
Falta o prazer... hi! hi!
ResponderEliminarNa verdade, uma imagem que desperta todos os nossos sentidos! Bem vindas são as cerejas, a trazer-nos a esperança de uma vida de lazer mais descontraída ao sol!
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