«Pues bien, esta es una historia de libros [...] De libros malditos, del hombre que los escribió, de un personaje que se escapó de las páginas de una novela para quemarla, de una traición y de una amistad perdida. Es una historia de amor, de odio y de los sueños que viven en la sombra del viento.»Carlos Ruíz Zafón, La sombra del viento (2001: 21, 213)
Quando em fevereiro de 2020 ingressei no hospital para uma peque-na cirurgia de rotina, mal adivinhava o quanto as previsões otimistas muitas vezes se transformam em realidades de sinal diametralmente oposto. Os três dias de internamento previsto foram alargados a cerca de dois meses e meio.
Solicitei a companhia do Carlos Ruiz Zafón e de La sombra del viento, para preencher as horas que já se adivinhavam longas. Rapidamente me apercebi que o peso físico do livro me impediam de o segurar devidamente. Pu-lo de lado e prometi retomar a sua leitura assim que as forças regressassem.
Fi-lo estas férias de verão. Muito lentamente para prolongar ao má-ximo a magia das palavras do fabuloso criador catalão de heróis da imaginação. O tal que há pouco mais de dois anos nos deixou para ir ao encontro dos seus iguais que o receberam de braços abertos no paraíso poético do Parnaso.
Apetecia-me resumir o livro que tanto me encantou a primeira vez que o li e todas as demais que o reli. Bastantes. Tantas que nem cabem nos dedos de uma mão. Mas depois ponho-me a repetir como um dos intervenientes da história a propósito de La casa roja, escrita por um imaginário Julian Cárax.
«Podría intentar contarte el argumento, pero sería como describir una catedral diciendo que es un montón de piedras que acaban en punta.»
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