6 de setembro de 2018

Escritas em contracorrente

le trèfle à quatre feuilles


É dito e redito que o número quatro é tido e retido por muitos como símbolo da orientação cósmica e do cruzamento de vias. Pitágoras utilizava-o como referência matemática do nome de Deus. Na sua perfeição divina, indica-nos os quatro pontos cardeais, as quatro estações do ano, os quatro elementos, os quatro humores. Rapa-tira-deixa-põe, muito-pouco-tudo-nada, paus-copas-espadas-ouros, quente-frio-morno-gelado. Et tutti quanti... 

Iniciei há quatro anos estas escritas em contracorrente, por artes de berliques e berloques, a torto e a direito, de fio a pavio, de alto a baixo. Um quadriénio de letras e tretas, coisas e loisas, ditos e dicas, alhos e bugalhos. As guerras de alecrim e manjerona, as lérias e balelas, as fitas e tricas, o cozido e assado têm assinado o ponto aqui no blogue com nome de novela de cavalaria. O trevo de quatro folhas tem andado por aí. Audaces fortuna juvat...

4 comentários:

  1. Sinto-me uma privilegiada por me ter cruzado consigo. Gosto de o ler.
    Venham múltiplos de quatro.

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  2. Teresa Salvado de Sousa8 de setembro de 2018 às 14:13

    E que venham muitos mais quatro anos de escritas.

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  3. Blogando com muita sabedoria. Que venham mais quatro anos. O rapa, tira, deixa e põe lembrou-me as noites de natal em pequena. Assim se jogava com pinhões.

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