Cervantes & Camões |
Ditos e ditotes de mancos & tuertos peninsulares
Tem-se falado com alguma insistência nos últimos tempos de Iberismo e Iberofonia. As duas palavras têm sido chamadas à colação nas ribaltas mediáticas das redes sociais. Os prós e os contras têm tido a ressonância habitual em casos que tais.
Depois, o Primeiro de Dezembro - que este ano se comemora num fim de semana - vem-nos lembrar que as utopias são possíveis mas nem sempre são desejadas ou resultam na perfeição. Os 28 anos da Guerra da Aclamação rebatizada da Restauração que o diga.
Durante o período da Monarquia Dual o fator linguístico também só funcionou num sentido. A história literária regista dezenas de autores lusitanos a renderem-se ao castelhano mas é omissa na nomeação de um ou outro hispânico a fazê-lo em português.
As querelas ibéricas parece que só se decidem nos ditos e ditotes. Há anos, um amigo espanhol atirou-me o motejo: Camões, aunque portugués tuerto (zarolho). Ao que lhe respondi: Cervantes, aunque español manco (maneta). Rimo-nos os dois e findámos a disputa.
D. Afonso Henriques marcou a separação das águas (neste caso, a separação das terras...) e as diferenças culturais acentuaram-se com o decorrer dos séculos. Mais vale que o iberismo, pontuado por guerras intestinas, seja isso mesmo, uma comunhão de interesses comuns e a celebração de uma bela amizade. É suficiente assistir à divisão que reina no país vizinho...
ResponderEliminarBoa! E a convivência entre vizinhos vai-se fazendo entre ditos e dichotes...
ResponderEliminarViva, o 1 de dezembro!
Uma disputa de "elogios" de cá e de lá da fronteira.
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