10 de junho de 2020

A espada e a pena de Camões

José de Guimarães
«Camões de capa e espada»
(1981)

OITAVA


Olhay que ha tanto tempo, que cantando
O voʃʃo Tejo, & os voʃʃos Luʃitanos,
A fortuna me traz peregrinando,
Nouos trabalhos vendo, & nouos danos:
Agora o mar, agora eʃprimentando
Os perigos Mauorcios inhumanos,
Qual Canace que â morte ʃe condena,
Nũa mão ʃempre a eʃpada, & noutra a pena.

                  OS LVSIADAS de Luis de Camoẽs
Impreʃʃos em Lisboa, com licença da ʃancta Inquisição, & do Ordinario:
em caʃa de Antonio Gõnçaluez Impreʃʃor. 
1572
(VII, 79, fl. 126; Pdf p. 261)

1 comentário:

  1. Viva Camões, homem de inteligência superior cujos versos de significado profundo continuam a desafiar o entendimento mundial!

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