25 de abril de 2021

O cravo e o elefante de abril

Júlio Pomar
«40 Anos de 25 de Abril» (2014)

Elefante de Abril

A Revolução
teve uma flor
o cravo.
Não teve um animal
e, como tal, 
proponho o elefante
tão paciente e sofredor
durante tanto ano
mas quando a paciência se esgotou
foi coisa de se ver
violento
eficaz
empolgante.
Depois, voltou a ser 
lento
bom rapaz
algo distante.
Mas, atenção
nunca se viu morrer
um elefante!
 Carlos Pinhão, Bichos de Abril, Editorial Caminho, Lisboa, 1977

1 comentário:

  1. E viva o elefante! Que nunca percamos a esperança que a Revolução vingará sempre na defesa dos direitos e da igualdade entre os homens!

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