S O N E T O V I I I.
ERros meus, mà fortuna, amor ardente,Em minha perdição ſe conjurarão,Os erros, & a fortuna ſobejarão,Que para mim baſtaua o amor ſomente.
Tudo paſſey; mas tenho taõ preſenteA grande dòr das couſas que paſſarão,Que as magoadas iras me enſinarão,A não querer já nunca ſer contente.Errey todo o diſcurſo de meus annos,Dey cauſa, que a fortuna caſtigaſſeAs minhas mal fundadas eſperanças.D’amor não vi ſenão breues engãnos,O quem tanto podeſſe, que fartaſſeEſte meu duro genio de vinganças.R imas de L uís de C amoẽsEm Lisboa : na officina de Pedro Crasbeecka custa de Domingos Fernandez mercador de livros, 1616.[12], 40 f. ; 4.º (19 cm)
No hay libro tan malo que no tenga algo bueno... Cervantes, «Quijote» (II, 3)
10 de junho de 2021
Erros meus, má fortuna & amor ardente, na visão lírica de Luís Vaz de Camões
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E viva o poeta da epopeia portuguesa e do amor!
ResponderEliminarMuito bem escolhido. Oportuno e original nesta "graphia".
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