O relógio dos livros & a hora das leituras |
O relógio marca a hora...
Adormeci com o horário de verão e acordei com o de inverno. Em conformidade com a legislação que regula a hora em Portugal, atrasei 60 minutos o relógio antes de me deitar e teoricamente terei dormido mais uma hora esta noite, quando na realidade estive na cama o mesmíssimo tempo que estaria num qualquer domingo do ano.
No ar fica a dúvida de saber se a dança das horas se fez pela última vez ou se se vai repetir ab æterno na mudança de estação. Aquela em que os calções e as T-shirts dos dias quentes e os cachecóis e a roupa-de-tapa-tudo dos dias frios disputam entre si a entrada triunfal em cena para executar as suas coreografias semestrais.
A UE diz que o baile vai parar. Por cá o PM diz que vai seguir. Um braço-de-ferro inútil que a breve trecho os 27 porão fim. Durante anos a fio disse-se cobras e lagartos contra a mudança de hora. Dum dia para o outro passou a destilar-se veneno pela sua manutenção. Vá-se lá ser sacristão nesta freguesia com tais fiéis/infiéis residentes.
Há uma centena de anos, o público achava mais piada ao acertar a hora durante o dia seguindo as indicações dos observatórios astronómicos do que nós, hoje em dia, a esta mudança de hora. O nosso organismo acomoda-se e bem à hora solar e o nosso ritmo biológico dispensa alterações legais.
ResponderEliminar