Coleção Nabais Conde de Mapas Antigos [Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra] |
Equívocos de quem diz que disse...
Daqui houve nome Portugal diz-se à tripa-forra no Porto. Ao que se sabe, os celtas terão fundado um povoado ribeirinho na margem sul do Douro chamado Cale. Com a chegada dos mouros, a população receosa refugiou-se na outra banda do rio, junto dum porto de águas profundas. Os migrantes do castrum antiquum associaram-se aos residentes do castrum novum e deram origem ao Portu(s) Cale, o depois Portucale e Portugal. Digamos que Gaia também teve algo a dizer sobre o nome do país que mais tarde por ali surgiria.
Aqui nasceu Portugal lê-se no letreiro colocado nas ameias do castelo de Guimarães. A cidade viu-se deste modo convertida no berço da nação. Quem disse que assim era esqueceu-se que o Condado Portucalense nasceu em 868 na Presúria do Porto, nos tempos de Vímara Peres. Foi nesse burgo que o poder se exerceu até o conde D. Henrique de Borgonha o ter deslocado em 1095 para Vimaranes. E a frase feita passou a lugar-comum. O diz que disse de quem repete o que ouviu dizer e continua a dizer.
Cidade de Ulisses se chama a Lisboa. A Olisipo romana teria sido fundada pelo rei de Ítaca, como se o guerreiro homérico vindo de Troia fosse Olisseu e não Odisseu. Questão etimológica que nos leva da matriz grega para a semita. É que se nos basearmos no mito feito lenda que diz ser a Europa uma princesa convertida em continente, a cabeça seria a Ibéria, o rosto Portugal e o nariz Lisboa. Neste diz que disse equívoco, vá-se lá saber ao certo se o topónimo se deve ao nome dum herói aqueu ou ao nariz duma heroína fenícia.
Cidade de Ulisses se chama a Lisboa. A Olisipo romana teria sido fundada pelo rei de Ítaca, como se o guerreiro homérico vindo de Troia fosse Olisseu e não Odisseu. Questão etimológica que nos leva da matriz grega para a semita. É que se nos basearmos no mito feito lenda que diz ser a Europa uma princesa convertida em continente, a cabeça seria a Ibéria, o rosto Portugal e o nariz Lisboa. Neste diz que disse equívoco, vá-se lá saber ao certo se o topónimo se deve ao nome dum herói aqueu ou ao nariz duma heroína fenícia.
Muito interessante! No ano passado, a agenda cultural de Lisboa publicou um artigo sobre estes mitos e outros, que achei muito educativos. Ainda bem que nos vais lembrando qual a verdade histórica!
ResponderEliminarDe vez em quando apetece pôr os pontos nos iii...
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