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Altezas reais & majestades fidelíssimas caídas
Dom Sebastião foi o único membro da Casa de Avis a usufruir dessa honraria, que lhe foi outorgada por Filipe II de Castela. Fê-lo na entrevista de Guadalupe (1577), dado o sobrinho ter acalentado o desejo de juntar aos reinos, senhorios e domínios lusitanos a conquista de África. O resultado dessa aventura está bem à vista, com a perda da vida na Batalha dos Três Reis (1578).
Os Braganças seguiram o exemplo dos Áustrias e mantiveram a titularia, estilos e honras como fórmulas de endereçamento real já usuais por todo o lado. Não descansaram, porém, até terem um estatuto similar à Sa Majesté Très Chrétienne gaulesa e Su Majestad Católica hispânica. Dom João V conseguiu-o finalmente da Santa Sé, ao obter o epíteto de Sua Majestade Fidelíssima (1748).
A grandiosidade, imponência e excelência majestática e fidelíssima há muito ruíram sem deixar saudade ou rasto visível.. Cavaram à sua volta uma realeza destituída, exilada, caída. Os ventos republicanos varreram-na de vez do nosso horizonte de eventos. A ostentação parasitária monárquica persiste na memória anquilosada de alguns à espera duma bastilha redentora que há muito tarda.
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