DIGO QUE FICO!Benedito Calixto, D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal (1902) |
Em tempos correu por aí um slogan publicitário a garantir que «O Toyota veio para ficar». Palavra dada, palavra cumprida. Aí continua a andar e sem vontade de se retirar uma das mais bem-sucedidas marcas japonesas de automóvel. Alexandre O'Neill com o engenho e arte de poeta-publicitário lá foi avisando que «Há mar e mar, há ir e voltar». A frase de prevenção contra o afogamento nas praias vingou e ficou. É agora tida como um legítimo provérbio popular.
Quando as cortes portuguesas exigiram a D. Pedro de Alcântara que regressasse a Lisboa, este declarou: «Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico». Vol-tou alguns anos depois. Para trás deixou a coroa imperial do Brasil e a real de Portugal. Trouxe consigo a que lhe restava de du-que de Bragança. O bom filho à casa volta, dirão uns. Palavras leva-as o vento, dirão outros. Quem muito promete, pouco dá, direi eu.
E se "to be or not to be" também servisse para, de facto, salientar a importância de sermos éticos e respeitarmos a sociedade, nem reis, nem políticos, nem homens sem lei nem roque seriam feitos do barro mais sujo...
ResponderEliminarPalavra de rei não volta atrás, a de imperador talvez volte. Se as palavras são difíceis de manter, o melhor é não prometer o impossível. O ser ou não ser coerente é que faz com que o barro de que somos feitos tenha uma cor mais ou menos suja, ganhe uma tonalidade mais ou menos limpa…
ResponderEliminarQue texto assertivo. Sim concordo, se não pudemos cumprir ou disso não temos a certeza, então é melhor não prometer.
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