JOSEFA DE ÓBIDOS Natureza morta com flores, borboleta e um cesto de favas |
Aromas, Odores, Cheiros, Fragrâncias
Maio é considerado o mês da flores, mas como se diz que Portugal é um jardim à beira-mar plantado, digamos haver também por aqui um imenso canteiro vicejante durante todas as estações do ano. Uma paleta matizada de eflúvios, aromas, odores, cheiros, exalações e fragrâncias luminosas, numa sinestesia perfumada de cores, formas e olores mil, catalisadoras de todos os sentidos com sentido.
As minhas memórias olfativas enviam-me para as emações intensas da maresia atlântica, das flores do verde pino, dos eucaliptos e das laranjeiras estremenhas, do musgo nos presépios natalícios e da terra molhada depois duma chuvada há muito esperada. De vez em vez, até me recordo dos vapores sulfurosos das termas da minha infância. Flashes fugazes que o tempo traz e leva a cada momento.
E quem fala de flores fala de pólens fala também de alergias, de coça-coça e de espirra-espirra. É que afinal não há bela sem senão. Olhá-las e cheirá-las tem os seus prós e contras bem definidos. Bálsamo e lenitivo para os olhos, espinhos e abrolhos para o nariz. Só nos resta recorrer às naturezas mortas com vida duma Josefa d'Óbidos a cheirar a verniz sem os efeitos nefastos dos jardins.
Apesar de asmática desde tenra idade, as minhas alergias nunca passaram pelos pólens, sorte a minha!
ResponderEliminarSou alérgica ao pó (onde é que não há pó?!) e a sumaúma (recorda-se das almofadas com enchimento de sumaúma?!), não obstante a árvore da sumaúma ser mais ou menos abundante nesta cidade, não me têm incomodado.
À beira das janelas do meu edifício aduaneiro, as tipuana tipu (acácias de flor amarela) imperam, na rua da minha morada, são árvores de flor rosa que não recordo agora o nome…
Trago a bronquite asmática registada nos meus genes, mas dentro as alergias que lhe estão associadas, é a dermatite atópica que me aflige mais neste momento. Coçar só piora a situação, só que, como diz o provérbio, «o comer e o coçar, o pior é começar».
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