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IL SOFFITO DELLA CAPELLA SISTINA IN VATICANO |
Quando passei de corrida por Roma, não entrei no Coliseu, não vi o Papa, e não visitei a Capela Sistina. Desisti de integrar a fila compacta que me separava cerca de 1,5km dos museus vaticanos e não sei quantas horas para concretizar o ingresso. Depois, não senti um apelo urgente para ver o Sumo Pontífice numa janelinha minúscula da Praça de São Pedro ou para entrar no Anfiteatro Flaviano dos combates de gladiadores, escravos e criminosos mil.
A falta de tempo para visitar a totalidade dos monumentos papais e imperiais levou-me a selecionar apenas alguns e a virar-me em contrapartida para os exteriores. Deambulei pelos recintos abertos ao público do Vaticano, o mais pequeno estado do mundo; entrei na Basílica de São Pedro e admirei tudo aquilo que havia para ver; Percorri as ruas e ruelas da cidade das sete colinas ou talvez mais. Fui romano entre os romanos. Ecco in poche parole la situazione!
Para olhar e observar devidamente as histórias pintadas por Miguel Ângelo na abóbada e altar da Capela Sistina só há duas maneiras possíveis. Uma resulta desde logo inviável de realizar, por pressupor esvaziar o recinto das multidões de turistas que o visitam dia a dia e ter os meios necessários para vencer a distância que separa o nosso olhar dos frescos a observar. A outra, mais pragmática, sugere-nos recorrer à ajuda duma boa edição impressa da obra. Foi o que eu fiz.
Com uma edição da Taschen entre mãos, afiro a vantagem de olhar e observar as inúmeras cenas bíblicas, separadas do imenso painel central, lunetas laterais e cantos de esquina ali reunidas a não sei quantos metros do chão ou do monumental Juízo Final colocado ali à frente do nosso raio de visão. Destacar qualquer uma delas seria uma missão votada ao fracasso, máxime porque todas as demais sairiam injustiçadas e, lá diz o ditado, la vita è breve e l'arte è lunga.
Com um intervalo de uns 35 anos, tive a sorte de visitar Roma por três vezes. As duas primeiras em tempo feliz, quando os turistas ainda não se reuniam em multidão que atrapalha todos os movimentos. Pude então visitar a Capela Sistina sem grande embaraço, mais as belíssimas salas do Vaticano. Há quatro anos, a confusão era grande e só lá entrei porque fui num grupo organizado, com a agência a assegurar a entrada através das artes de reserva antecipada que as entidades fomentam. Mas ainda hoje não consegui ver in loco muitos dos museus, italianos e outros, pelo que as edições de arte são uma benesse. Haja tempo e possibilidade de as admirar!
ResponderEliminarSó passei por Roma duas vezes e sempre a cumprir funções académicas, que me deixaram pouco tempo para grandes percursos de índole recreativo. Ainda não perdi a esperança de lá voltar com mais disponibilidade para visitas mais pormenorizadas. Talvez isso aconteça um dia. Se possível, quanto antes, a aproveitar a pouca energia que ainda me resta...
ResponderEliminarNunca visitei Roma, ainda não saí do país, mas aprecio livros sobre arte, a fotografia, a qualidade do papel impresso.
ResponderEliminarA editora que referiu é uma referência…